sábado, 26 de setembro de 2009

Nasceu uma dona de casa.

   (Essa é a árvore que nasceu da batata aqui de casa...Surreal)

Nunca me imaginei uma dona de casa, muito pelo contrario, sempre paguei muito caro para ter empregadas, comer fora e mandar roupas para a lavanderia. Sendo assim, consegui estabelecer uma marca incrível: cheguei aos meus 25 anos sem ter descascado uma cebola ou encostar numa cândida (lixívia).

Mas foi aí que chegou Lisboa, chegou a crise e chegou a sujeira e eu tive que aprender na raça como fazer para lavar, passar, cozinhar e ainda ser feliz com tudo isso.

Confesso que não levo jeito nenhum para nenhum dos itens acima, já queimei uma tábua de passar, coloquei fogo na cozinha fritando simples batatas fritas, transformei todas as minhas calcinhas brancas em rosas e por aí vai...O Bruno,  me incentiva pra caramba nos afazeres, ele sempre diz: “Depois que eu te vi na cozinha entendi pq todo furacão tem nome de mulher, vai tomate até no teto” ou “ Linda, você jura que não tinha a menor noção de que não podia abrir o forno enquanto faz bolo”...Fofo, né?!

Bom, apesar de não saber fazer nada direito, fui me esforçando, me esforçando...Até que, essa semana me peguei assistindo Oprah e gostando...Ôou....Caramba, virei uma dona de casa de verdade!!!!!!

Assim que terminei de assistir fiquei tão nervosa que fiz uma lista de 10 coisas que definem em que estágio vc está no que diz respeito ao seu lar.

O que uma dona de casa faz:

  1.  Assistir um ou mais programas de auditório.
  2. Trocar receitas com amigas.
  3.  Achar que duas latas de milho pelo preço de uma é uma compra incrível.
  4.  Além de aguar as plantas, conversar com elas.
  5.   Ficar ofendida quando as pessoas não entendem que ser “dona de casa” é extremamente cansativo.
  6.   Separar o lixo em categorias para depois reciclar.
  7.   Considerar o seu aspirador de pó o máximo, quase um amigo.
  8.   Saber da vida de todo mundo, e assim, fofocar.
  9.    Acreditar em aparelhos de limpeza mágicos do polishop.
  10.  Pensar: Fazer a unha para que se eu tenho que lavar louça mesmo?

E aí, como você está? Se já estiver virando uma dona de casa eu dou um conselho: beber um copinho de vinho todos os dias, afinal com álcool é mais fácil encarar essa vida...hehehe

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Coisas que só acontecem por aqui.

1 - Unico lugar do mundo em que as pombas são tão lerdas que morrem todas atropeladas.

2 - Os intervalos comerciais têm a duração de exatos 28 minutos e mesmo assim publicitário ganha pouco.

3- Não sei pq, mas todos os carrinhos de supermercado e do aeroporto só andam de lado.

4 - As mulheres do buffet não deixam ninguém colocar batata e arroz no mesmo prato. É um saco!
( depois de já publicar o post uma amiga me explicou que a batata se estiver na forma frita, e só assim, pode ser misturada com arroz. Esqueçam purê, batata cozida ou sotê, tem que ser a frita!)

5 - Aqui o número de beijos ao cumprimentar alguém revela o seu status social. 1 beijos vc é rico, 2 vc é pobre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Qual é a hora certa para morrer? De manhã, é claro!

Outro dia descobri uma coisa de real importância: aqui, só se pode morrer em horário comercial. Não é incrível?

Se você morrer à noite não te buscam até o dia seguinte, se morrer no fim de semana, só te enterram na segunda...E por aí vai...

Então comecei a me prevenir...Nada de esportes radicais depois das 6 da tarde, nada de comidas pesadas à noite, nada de atravessar à rua de madrugada e nada de ir para Chelas de fim de semana (pode ter tiroteio).

Eu sei que esse assunto é meio macabro e não combina com o blog, mas acho que ele define muito Portugal. Pensa assim, no mundo, só há uma coisa certa, a nossa morte, certo? Ou melhor, a morte de vcs...hehehehe...E até nisso este país quer dar o seu jeitinho...meio burocrático, meio preguiçoso e cheio de regras.

Ah, e tem o dramático também...Depois de morrer você ainda é levado num carro funerário inteiro de vidro, para todos acompanharem a morte de perto.

Deus me Livre, hein! Aliás...Ow, Deus...Me livre mesmo, hein!


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que não fazemos por um emprego.

Em Portugal a situação está brava, muita gente ganhando mal, infeliz com o trabalho e reclamando sem parar. E eu, desempregada, buscando oportunidades até em classificados de jornal. 

Outro dia vi um anúncio de emprego que me pareceu interessante, um pouco diferente, e por isso, chamou a minha atenção.


Não é divertido?

Bom, mas eu tinha um problema, se eu passasse para a segunda fase precisaria levar a minha mãe na entrevista (como foi pedido) e como a Dona Mônica mora no Brasil, seria impossível.

Esperei 2 dias pela resposta e recebi uma mensagem: Você passou... Legal...Agora como resolver o meu problema materno? Pensei, pensei, pensei e tive uma ótima idéia: vestir o Bruno de mulher. Ele topou!

Fomos os dois para a entrevista. Lá estavam mais 6 concorrentes que se surpreenderam ao ver a minha " mãe", mas logo começaram a sorrir, fazer piadas e mostrar que a adoraram. 

Já no começo da entrevista tivemos que nos separar, eu fui resolver um briefing enquanto ele ficou conversando com as outras mães e, só ao fim de algumas horas nos encontramos de novo. Fiquei preocupada, achei que o Bruno ia me matar, tínhamos perdido um sábado de sol para uma entrevista bizarra que já estava durando horas e não estava perto de acabar...Mas quando o encontrei vi que estava completamente enganada, ele estava super enturmado, combinando futuras viagens e pegando receitas de arroz de tomate.

Se eu passei....Não sei, mas também não importa muito, as mães garantiram um dia bem bacana, todas muitas simpáticas, cheias de histórias e muito carinhosas.

Agora...Falar que "mãe é sempre igual, só muda o endereço" é um grande erro...Minha mãe de Lisboa é um pouco diferente das outras, não é?