sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sul da Itália - Parte 3

No terceiro dia de viagem eu resolvi comprar um pacotinho de excursão até Capri. Eu e mais 7 americanas da minha idade partimos cedo de barco 

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sul da Itália - Parte 2

Cheguei em Sorrento e escolhi um hotel bem bonitinho para me instalar pelos próximos dias.  A cidade era uma graça, mas eu estava na busca de uma praia para tirar essa cor amarelada que grudou em mim e não parece ir embora tão cedo. Peguei um mapa e segui em direção aPositano.

Depois de 45 minutos de ônibus na costa Amalfitana, cheguei ao meu destino. Um lugar lindo, lindo mesmo, parecia uma favela, mas extremamente organizada e chique. O Rio devia seguir esse modelo...

A praia era pequena, mas com um mar azul turquesa, acompanhado de uma vila supercharmosa com ruas estreitas, muitas lojinhas e restaurantes, o que fazem do local, único. Só tinha um problema eu estava no topo da montanha olhando essa vista maravilhosa, mas não sabia como chegar até lá. E só então me deparei com o meu maior inimigo: as escadas.

              (Aqui era exatamente aonde eu estava...longeeeee da praia)


Não tive muita escolha, sai andando, descendo, descendo, descendo, me perdendo e só depois de 1 hora e meia eu cheguei no meu real destino. A vila estava cheia e tudo era muito caro, mas mesmo assim era maravilhoso. Como não dava para tomar sol por causa do friozinho que estava fazendo, resolvi passar nas lojinhas, almoçar muito bem e tirar fotos. Estava tudo muito bem, até que eu abri o mapa da cidade e estava escrito " último trem às 17:00".  Entrei em pânico, tinha pelo menos 2647505 degraus para subir e já tinha passado das 15:00.

Sai correndo de lá e comecei a maratona, subir, subir, subir...parar um pouquinho, beber água...subir, subir, subir, parar um pouquinho e lembrar como é respirar...Subir, subir, subir, parar um pouquinho e chegar a conclusão de que eu realmente não sou mais novinha, não.

Até que 16:59 eu cheguei no ponto e logo, logo o ônibus também chegou. Ele parou, mas não abriu a porta da frente, sem entender nada entrei na porta de trás. Foi aí que tudo fez sentido, se a lotação máxima era de 80 pessoas, tinham umas 140. Todo mundo em pé, cheirando mal e gritando como só os italianos sabem fazer. O cara da minha frente era bem maior do que eu o que me deixava numa situação horrível, a minha cabeça dava exatamente na altura do seusuvaco...E suvaco vindo da praia tá longe de ser gostoso...Fiquei alguns minutos sem saber o que fazer, morrendo de nojo, vendo aquela serra perigosa e imaginando que os 45 minutos que eu estaria lá passariam como 45 horas. Foi então que eu desencanei da compostura e sentei no chão do ônibus, abri um livro e fui levando joelhada o caminho inteiro. Mas acreditem, foi de longe a melhor opção.

Quando cheguei no hotel, não conseguia nem pensar...Me joguei na cama e dormi até o dia seguinte











terça-feira, 12 de maio de 2009

Sul da Itália - Parte 1




Tem horas que a gente cansa de morar na Europa, tudo parece tradicional demais, lento demais e pequeno demais. E quando isso acontece só há uma coisa que possamos fazer para voltarmos a gostar daqui: comprar uma passagem de avião bem barata para algum lugar desconhecido.

Assim, semana passada eu fui parar no sul da Itália e conheci - Nápoles, Pompéia, Sorrento, Positano e Capri. Vou tentar contar um pouquinho de cada aventura.

Nápoles

Já tinham me dito que Nápoles era feio, mas li em algum lugar que lá tinha a "melhor pizza do mundo" e como eu sempre acredito nestas coisas parei na cidade para ficar 1 dia. O que diziam que era feio é ainda pior, pensem no Largo da Batata... Com certeza o lugar mais sujo e perigoso que eu já vi. Cheguei no meu hotel bizarro, deixei tudo o que eu tinha de valor lá e fui em busca da pizza. 

Andei por mil camelôs, pelas pessoas mais feias do planeta, sarjetas imundas e cheguei. O lugar era superrr discreto, mas tinha um cheirinho ótimo. Pedi um lugar para sentar e fui parar numa mesa minúscula com mais 2 pessoas desconhecidas, já achei estranho, mas tudo bem. No cardápio só 2 sabores: marguerita ou marguerita com alho...Ok, escolhi a primeira e uma cerveja que veio quente num copinho de plástico. Para melhorar ainda mais o serviço, os garçons não se esforçam nem para entender- " Please, one marguerita." então você tem que optar pela mímica e passar alguns segundos de vergonha diante um restaurante cheio. Mas acreditem, mesmo com tudo isso, eu sai de lá feliz. Será que é milagre??? Não...É a melhor pizza do mundo, comprovadamente.

Já fora da pizzaria percebi que eu estava no lugar mais difícil de atravessar a rua do mundo. Em Nápoles não tem farol então as pessoas vão se jogando sob os carros até conseguirem chegar do outro lado. Eu esperava alguém atravessar para ir junto e, claro,  ia rezando durante a travessia toda, imagina morrer num lugar feio daqueles! 

Fui em direção ao museu nacional de lá, que é até bacaninha, mas juntar muitos italianos num espaço fechado deixa o lugar quase insuportável, eles falam numa altura de voz que deve ser até perigosa para o tímpano, e começam desde cedo, aqui os bebês não choram, eles berram. 

Meu dia em Nápoles estava no fim, graças a Deus...hehehehe. Fui para a estação pegar um trem até Sorrento. Sempre me imaginei como nos filmes, andando num trem lindo, passando na costa de Itália com alguma trilha musical fantástica ao fundo. E na real, o ipod até que estava contribuindo para a trilha, mas o caminho percorrido pelo trem deixa bastante a desejar e o trem nem deveria chamar trem, é um metro apertado que me fez ficar em pé segurando as minhas malas por 1 hora. 

Mas enfim, cheguei em Sorrento e tudo começou a melhorar.