segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um dia a casa cai – Parte 1

Faz tempo que não falo com vcs, ando escrevendo tão pouco, né?! Mas isso é só uma fase, aliás, uma grande fase de mudanças que já dura uns mesinhos. Primeiro mudei de trabalho, depois de casa, logo o Bruno chegou, a Fé se foi...Enfim, muita coisa acontecendo e muito pouco tempo para acompanhar esse milk-shake de emoções.

E hoje, em como homenagem a toda essa mudança vou escrever sobre ela, literalmente. Como foi me mudar da rua Légua da Povoa para a Luciano Cordeiro.

Alugar um apartamento aqui não é NADA fácil, ainda mais para um casal de brasileiros. Depois de procurar muito na internet achamos uma casa que parecia ok, num lugar bom por um preço adequado. Ligamos correndo para o corretor e marcamos a visita.

Como qualquer casal apaixonado, fomos, no caminho todo, imaginando como seria a nossa primeira casa, nosso primeiro lar...Será que teria uma sacada com florzinhas rosas, vizinhos super gente boa, uma vista para a cidade mais linda do mundo...Ai, como tudo era lindo até...Nos depararmos com a casa em questão.

Ela tinha nada mais, nada menos do que um papel assinado por algum órgão público (que eu não me recordo qual) dizendo que a mesma não tinha condições de moradia, ou seja, estava interditada. E, o pior de tudo, na frente deste papel, estava a corretora fingindo que nadaaa estava errado, tentando tapar o mesmo com as suas gigantes ancas. Sorridente, a “sem-noção nos diz”: Bom dia! Que jovem casal! Acho que vcs vão amar a casa. Sim, a casa estava caindo...Não, não íamos ficar com ela.

Na semana seguinte uma nova casa. Já com menos romantismo, mas ainda muito otimistas fomos até lá. A casa até que estava ok, mas tinha 1 pequeno problema, o dono se gabava de ter mobílias da década de 20. Tentamos convencê-lo de tirar pelo menos os sofás de veludo molhado verde, ou os armários que foram da sua tatatatataravó, mas nada...Portanto, achamos melhor não ficar com a casa...O retrô pode estar na moda, mas o mofo não.

Mais uma casa e, o casal até então otimista e romântico, já estava cético. Desta vez o prédio era um charme, mas é claro que tinham coisas estranhas. Se não, o que seria desta história? Eram 3 lances de escada. Achou que era esse o problema? Nãoooo...O problema era que o quarto se encontrava dentro da cozinha. Imaginem a cena, agora imaginem o arquiteto dessa casa. Eu tenho certeza que ele tinha orelhas de burro. Assim, descartamos mais uma opção. Nunca poderíamos fritar um hambúrguer, portanto, tanto eu, como o Bruno não conseguiríamos viver ali...hehehe

Tudo parecia estar perdido até que, encontrei uma pedra preciosa, meio bruta, eu confesso, mas não deixava de ser empolgante. Um apartamento recém remodelado, grandinho e num lugar ótimo. Seu único problema: não tinha móveis. Mas depois de muitas conversar acabamos por achar que isso não seria empecilho e assinamos o contrato.

Nós tínhamos uma casa. Do jeito que sempre sonhamos...

Mas calma que a história não acabou por aí, afinal, precisávamos de móveis....E o que eu não achava ser impecilho...Hummmm, não vou entregar cenas do próximo capítulo...Até já!