quarta-feira, 17 de setembro de 2008

HARDY to see CANDY to watch.





A rainha do pop passou por Lisboa e é claro que eu estava lá para assistir, cantar e pular muito.

Passei a semana inteira me preparando para o show, fiz alongamentos, ouvi muita música da década de 90 e até assisti "Procura-se Susan desesperadamente". No dia, escolhi uma roupa bem confortável, um tênis antigo, sai com o meu ingresso precioso e um imenso sorriso no rosto.

Fui com a e o Bruno e no caminho para o Parque Boa Vista já começamos a pensar em estratégias para ver melhor o show, afinal, seriam 75 mil pessoas, um recorde para Lisboa.

Estava tudo conforme os nossos planos, até que...Nos deparamos com um palco a exatos 45 centímetros do chão. Sim, isso mesmo, um palco que tinha a altura de uma régua. E para que raios era aquilo? Para a nossa querida diva se sentir mais próxima do seu público.

Agora imaginem, um show para dezenas de milhares de pessoas com um palco quase que afundado. Delícia, ?! O até então Parque Boa Vista ficou apelidado por mim como Parque da Vista Nenhuma. NINGUÉM conseguia ver nada. Mas ok, o show estava prestes a começar e quiçá o palco começasse a subir, sei lá, contávamos com mega produções.

Nos localizamos na esquina entre o quinto dos infernos e o lugar onde Judas perdeu a bota, ali do lado da cerveja é claro. E 5 minutos depois, para a nossa surpresa, começamos ouvir Candy Shop. Incrível, aquela sensação foi única.

Como dizemos aqui, ela é surreal, animal, irada e insanaaaa...hehehehe

O som estava muito bom e para acompanhar as travessuras da quarentona tínhamos alguns telões, isso até começar a ventar, pq durante a noite o telão balançou tanto que ficou impossível ver algumas coisas.

Resolvi tomar coragem e ir com o Bruno até o meio da galera. Conseguimos com todo o esforço e malemolência chegar mais ou menos 10 fileiras na frente, ou seja 2534 fileiras do palco, e com isso, ver o topo da cabeça da loira. Nos esforçamos mais e passamos outras 2 fileiras, ali sim, estávamos completamente esmagados, mas enxergávamos a cantora de vez em quando.

A Madonna é um absurdo mesmo, ela faz de tudo, dança luta, pula corda, toca, é sexy, é mãe, é homem, é mulher...Putz, indescritível...

Mas o povo português não sabe "curtir"um show. Acreditem ou não, eles não cantam, não pulam, não dançam, não fazem nada...Tirando um ou outro que estava mais animado, o resto parecia estar ouvindo um debate político.

Sussa, aproveitamos por todos e quando o show terminou gritamos: bis, bis, bis, bis...Mas estranhamente a banda não voltou e o show acabou com os telões mostrando a frase GAME OVER. Poxa, vcs já foram em show sem bis??? Será que foi pq a galera era xoxa??? Pq ela estava cansada? Pq ela é uma Diva???

Bom, sendo assim ou assado, era o fim e tínhamos que ir para casa sem ouvir "like a virgin".

Saímos alegres e fomos tentar pegar um táxi - impossível, aí tentamos pegar um metrô - mais impossível ainda. A cidade parou, não tinham transportes, restaurante, não tinha nada...E assim ficamos 2 horas vagando pela cidade para tentar chegar em casa. E eu só pensava, neste minuto eu queria ter o pique da Madonna...Ah, e o helicóptero dela tb...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Piada de português.

Como vocês sabem eu uso o meu blog para contar as minhas aventuras em Portugal, coisas diferentes, conflitantes e, de preferência, engraçadas.  Mas hoje vou fazer diferente, vou inverter as coisas e contar as aventuras de uma portuguesa no Brasil. 

Minha sogra, a tuga da história, chegou nas terras canarinhas e tb enfrentou alguns probleminhas de adaptação...

Um dia ela estava em casa assistindo TV quando tocam a campanhia. Ela se levanta, vai até a porta e pergunta: Quem é?

O homem grita do outro lado: É o paneleiro

Ok, aqui vai ter que ter um parênteses: "paneleiro" em Lisboa é a mesma coisa que "viado". Então imagina alguém gritar "É o bicha aqui fora".

Bom, como o Brasil é vendido como o país da liberdade de expressão, da falta de pudor e das maluquices, ela achou um tanto bizarro, mas resolveu abrir a porta. Neste processo "sexista" ela até se considerou uma mulher um pouco mais moderna e engajada.

Ela: Pois não?
Paneleiro: Oi, tudo bom? Vim trazer estas panelas. Todas são ofertas.

Segundo parênteses: Em Portugal "oferta" é a mesma coisa que " presente".

Ela, muito esperta, pegou todas as panelas, achou aquele homem uma bicha caridosa e fechou a porta levando tudo consigo.

Resultado:  homem enlouquecido, bateu na porta e a chamou de louca. Ela ficou sem as prendas e sem entender patavinas do que tinha acontecido.

Depois de mais algum tempo de estada em São Paulo ela resolveu contratar uma empregada. E logo no seu primeiro dia de trabalho, depois do almoço, a diarista pergunta à patroa: E agora, o que eu faço?

Ela: Ah, deita no lixo.
Empregada: Deita no lixo?????

E depois de alguns minutos ela encontrou a empregada deitada no chão perto do lixo.

(deitar no lixo = jogar fora, no lixo)

Já viu, sendo aqui, cá ou acolá, sofremos por causa dessa nossa tal de língua mãe.