quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Dia 24 de novembro.

















Acordamos bem cedo e fomos fazer o famoso Free Tour. Um passeio guiado por estudantes que ao invés de cobrar um preço fixo, utilizam a filosofia do Silvio Santos- Quanto vale esse show. 

Andam com a gente por 4 horas e no fim pedem apenas contribuições. Como são muito bons, acabam ganhando bastanteeee dinheiro. Pelas nossas contas, num grupo como o nosso, de 40 pessoas, eles ganham no mínimo, mínimo € 5. 

Então façam a conta: 5 X 40 = 200 por dia. Se eles trabalharem 3 dias por semana = 2400. Tá bom, não ta? Trabalhar 3 dias por semana, 4 horinhas...Ai, ai...E eu me matando aqui...tsc,tsc...

Nosso instrutor era malucão e muito engraçado (homem do casaco verde), adoramos o tour. Aprendemos muitas coisas e tiramos inúmeras fotos. Minha paixão por Berlim só aumentou e aumentou...

Passamos pelo monumento dos judeus mortos na guerra (esse com pedras cinzas), pelo muro, ou restos dele, por igrejas lindas, monumentos fantásticos, até chegar aonde, aonde? Na mesma praça que tinha ido no dia anterior...

Hoje o dia estava mais bonito e eu estava com a Fê, consegui tirar mais fotos e ficar ainda mais fascinada pelo local.

Depois do passeio, fomos ao festival, museus, lojas...O dia parecia ter 45 horas...

E para fechar com chave de ouro, fomos jantar num restaurante típico, estávamos loucas para tomar cerveja e comer salsicha :) 

Seguimos a indicação de uma alemã e paramos num local fantasticamente bizarro. Para começar, metade dos clientes estavam vestidos de paquita. 

Pedimos uma mesa para dois e o garçom nos colocou naquelas mesas grandes e coletivas.

Os homens-paquitas tinham o seu grito de guerra, riam alto, bebiam até cair...Estávamos muito curiosas...Então tivemos a brilhante idéia de tirar fotos.

Claro que eu, sendo a mais sem noção da dupla, fui no meio deles pedir informações e tirar fotos. A Fê pegou a máquina, se preparou...Quando um homem de uns 2 metros de altura me pegou no colo, fiquei desesperada, essa cara que eu estou na foto é de medo mesmo, dá para notar o sorriso quadrado.

O homem me colocou no chão e os outros começaram a gritar sem parar, fizeram um circulo ao meu redor e o gigante me pegou pelo casaco. Estava em pânico gritando - "eu tenho namorado, eu tenho namorado"...Depois de 5 segundos já lancei um - "Eu sou noiva, eu sou noiva" e mais 2 segundos, já estava quase chorando, gritando - " Eu sou casada" " Eu sou casada"

Ele abriu meu casaco e tirou umas coisas do bolso. Eram broches. Já comecei a achar que ele ia me dar aquilo e eu teria que fazer algo em troca, tipo aquelas festa de New Orleans que te dão colares e você precisa mostrar o peito. Minhas pernas estavam molessss.

O homem colocou o broche em mim e me deixou ir...Não tenho a mínima idéia do que aquilo representa , só sei que me deixou bem nervosa, viu!

Voltei para a mesa pedi um litro de cerveja e sosseguei. 

O problema foi que a Fê não sossegou e resolveu tirar uma foto da nossa mesa coletiva. Quando o garçom foi disparar o velhote que estava à mesa deu o braço para ela e saiu juntinho.

E, o pior, depois disso, ficou vestindo as coisas da Fê sem parar. Em 5 em 5 minutos ele colocava as luvas rosas e o gorrinho de flor.

A mesa inteira estava bêbada e se divertindo, ai já viu, bêbado é igual criança, ele não parava nunca mais.

Depois de assistirmos à brincadeira trocentas vezes resolvemos zarpar daquela aventura. O dia tinha sido cheio demais.

Dia 3 mais louco do que o dia 2.

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