quarta-feira, 12 de março de 2008

SMART GIRL

Juro que nada  a seguir é inventado, meu primeiro dia de carro em Libosa foi realmente conturbado...Tenho até testemunhas, a Fê participou de todas as linhas que seguem abaixo.

Para começar, o diálogo maluco que durou uma semana entre a loja do carro e eu.

Carol: Oi Carlos, quando o meu carro fica pronto?
Carlos: amanhã

No dia seguinte...

Carol: Carlos, cadê meu carro? 
Carlos:Ah, eu não sei, vou ver...Ele deve ficar pronto amanhã.

Mais um dia ...

Carol: E ai?? O carro não ia chegar hoje?
Carlos3: Hummm...não sei
Carol pensando - Esse Carlos é esquizofrênico...

1 semana...

Carol: Caramba, vou pegar meu dinheiro de volta. Vc me disse ontem mesmo que o carro chegaria hoje cedo
Carlos: Ah, não fui eu, foi o outro dono daqui, o Carlos.
Carol: Mas vc não é o Carlos? Eu falo todos os dias com você!!!
Carlos: Sou sim
Carol: e...
Carlos: Ah sim, somos três Carlos e os três são donos...

Bom, consegui comprar o carro na única loja do mundo onde todos os donos se chamavam Carlos.

Mas enfim, o smart chegou e eu estava empolgada. Decidi pegar a Fê na faculdade e depois sair para jantar.

O carro estava com um probleminha, estava molhado, então precisei sentar em cima de um plasticão duro. Sussa, meio desconfortável, mas ok.

Para chegar no IADE consegui me perder duas vezes e, o pior, sem querer, coloquei na caixa sequêncial e fui durante meia hora de primeira marcha. Quase fundi o motor, mas percebi a tempo que estava fazendo besteira e corrigi.

Tá, cheguei na faculdade e a gasolina estava quaseeee acabando. Desesperada peguei a Fê e fomos procurar um posto. No caminho ligamos para a Djali, para ela nos ajudar, quando, para o nosso susto, descobrimos que não existia postos dentro da cidade.

Como assim???? ( nossa reação)

Saimos como loucas e atravessamos Lisboa com o carro já falhando, brancas e roendo a unha...

Chegamos num posto quase na estrada. Ficamos alguns segundos olhando a bomba de gasolina e resolvemos nos aventurar. Vale lembrar que aqui nós mesmos abastecemos nossos carros.

A Fê tomou a dianteira, se desentendeu um pouco com a bomba, até que, de repente, o auto-falante grita: Vocês da bomba número 5, por favor, desliguem os faróis do carro e...Não consegui prestar atenção em mais nada, foi um misto de susto e comédia...Essas coisas só acontecem com a gente...

Mas a aventura ainda nem começou...Depois disso, voltamos para a estrada, só queríamos chegar em casa, já tínhamos desistido de qualquer jantar...A história da gasolina miou a nossa noite...quando...percebemos que não existia nenhum retorno e estávamos indo a caminho de Setubal, Caparica e Almada.

Meu Deus!!!

Algumas dezenas de minutos mais tarde chegamos em Almada...Que desespero, estávamos no fim do mundo...

Demos uma volta gigante, voltamos para a ponte que nos levaria de volta para Lisboa .Tivemos que pagar até pedágio...

Cheguei no dito cujo e não tinha gente, lugar para colocar moeda, papelzinho, não tinha nada...Aí, é claro, rolou mais uma pânico. O que é isso? O que é isso? O que é isso? Fê, me ajuda, me ajuda, me ajuda!!!

Eu estava o lugar do "Sem Parar". Que droga!!!!  E agora??? Eu só tinha uma opção: dar ré no meio da estrada. Olha que lindo. E sem outra alternativa, foi o que eu fiz.

Deu tudo certo, não bati em ninguém e não fui parada pela polícia. Ufa! Ufa mesmo, pq estou sem carteira de motorista e estava sem o documento do carro...

Voltamos para casa, estacionamos e subimos. Depois de mais de 2 horas eu estava de volta.

Aposto que deixamos a Telma e a Loise no chinelo...

3 comentários:

Margarida Guerreiro ou Bia disse...

Só contigo mesmo, o que vale é que isso contado por ti fica com o dobro da graça. Hehe

Ana Garcia disse...

ahahahaahah!
Nossa, toda a gente se perde e vai parar a Almada, é hilariante!;)

disse...

Excelente!!!